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terça-feira, 16 de novembro de 2021

99 anos de José Saramago II

Leitura de A maior flor do mundo pelo 4.º D, prof.ª Magda:

99... 100!

José Saramago nasceu há 99 anos. Começam hoje as comemorações do seu centenário, que terminarão em 2022. Na nossa escola participamos hoje na leitura de A maior flor do mundo, às 10:00. Entretanto, as turmas do 4.º ano estão a fazer gravações da leitura desta obra. Ficam aqui a gravação feita pelo 4.º E, professora Sofia:

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Como foi o teu mês de abril?

 Amanhã entra o mês de maio. Em Abril tivemos poemas mil... pelo menos, alguns, que publicaremos em breve.

Fica aqui uma amostra...


O Mês de Abrir

Larysa Symkiv, 4.º D

 

Começa a brincar 

Com as suas

Cores…

O sol acorda

Amarelo claro

Começa a brincar

No universo sem par

As árvores - de cor verde claro,

Verde  escuro que vão brincando

No sopro do ar

A água - a cor azul claro,

Límpida e transparente

A relva - a cor

verde com 

flores, borboletas,

de asas vermelhas

As pessoas gostam 

Muito deste mês.

Por isso pode dizer-se alegria

Paixão e magia…

 

terça-feira, 27 de abril de 2021

Para leres na biblioteca: O menino da Lua, de Alice Vieira

O menino da Lua é uma história tradicional portuguesa, aqui recontada por Alice Vieira.
O argumento desta história faz lembrar várias outras: a de Moisés, cuja mãe o lançou ao rio Nilo num cesto, com a esperança de que alguém o encontrasse e dele cuidasse; a de Ulisses, que regresso à sua terra natal é reconhecido pela cicatriz que tinha no joelho; a da princesa que serve ao rei comida sem sal...

Não conheces estas histórias??? Então lê primeiro O menino da Lua.





O menino da Lua (excerto)

Alice Vieira


«Era uma vez um homem a quem a mulher morrera ao dar à luz um filho.

E porque era difícil criar um filho sozinho, decidiu o homem casar pela segunda vez.

Mas a nova mulher não gostava do menino e inventava sempre maneiras de o castigar, mesmo que ele nada tivesse feito que merecesse castigo.

Então, para escapar à madrasta, muito pequenino ainda o menino se habituara a sair de casa cedo, só voltando à noite. E passava o tempo todo a olhar para a Lua.

Quer a Lua estivesse cheia, cheia, cheia…

Quer a Lua estivesse minguada, minguada, minguada…

Até mesmo quando a Lua desaparecia do céu e ninguém sabia por onde é que ela andava. O menino nunca faltava.

- Porque olhas tanto para a Lua e esqueces tudo o mais que te rodeia? - perguntava-lhe o pai.

- Porque não tens tempo para fazer o que te mando, e pareces ter todo o tempo do mundo para olhar para a Lua? - perguntava-lhe a madrasta.

- Porque passas a vida a olhar para a Lua e nunca brincas connosco? - perguntavam-lhe os meninos da terra.

Mas ele continuava a olhar para a Lua e nunca respondia.


Tantas vezes o pai insistiu que um dia o menino acabou por dizer:

- A Lua está a mandar-me um recado Mas eu sou muito pequeno e não consigo entender.

- E que te diz a Lua?

- Diz-me que um dia o meu pai me há de querer deitar água nas mãos e eu não hei de deixar.

Nessa noite o homem contou à mulher a conversa que tivera com o filho e logo ela se pôs a gritar:

- Ó homem, pois ainda não percebeste?! Isso significa que um dia, quando ele crescer, há de querer mandar em nós e havemos de ser ambos criados dele! A única coisa a fazer é deitá-lo já (…) à água, com muita força para que se afunde imediatamente.

Mas o pai não teve coragem de fazer o que a mulher mandava.

Tirou o filho da cama, ainda a dormir, meteu-o dentro de um caixote de madeira castanha, desenhou na tampa uma grande lua cheia, fechou-o muito bem, fazendo apenas alguns furos para que pudesse respirar – e lançou-o sobre as águas.


Três dias e três noites andou o caixote sobre as ondas do mar, protegido pela Lua, que lá do alto regulava ventos e marés.

Até que um grupo de pescadores, que numa das margens tinha lançado as suas redes, avistou o caixote e pensou que dentro dele poderia haver um grande tesouro.

Puxaram-no para terra e levaram-no ao palácio real: se fosse um tesouro, o rei saberia recompensá-los.

Mas quando o rei abriu o caixote, nele encontrou apenas um menino que lhe sorria.

- As vossas suspeitas estavam certas – disse o rei para os pescadores.- Na verdade, este caixote traz um tesouro! Este caixote traz-me o filho com que sempre sonhei e que os deuses nunca me deram. E deve ter ido esta lua nele desenhada que o guiou até aqui.

Voltaram os pescadores para as suas casas muito bem recompensados, mandou o rei guardar o caixote, e o menino ficou a viver no palácio, como se fosse seu filho.

E todos os súbditos diziam:

- Nunca houve príncipe como este!

E maravilhavam-se com a sua bondade e inteligência.


No dia em que o príncipe fez vinte anos, o rei chamou-o:

- Estou a ficar velho e cansado. Um dia serás tua a dirigir este reino e não duvido que o farás com grande sabedoria. Mas há muito mais mundo para lá das nossas muralhas. Há gente diferente de nós que fala línguas diferentes da nossa, que tem costumes diferentes dos nossos, que pensa de maneira diferente de nós. E se tu não os conheceres, nunca conhecerás o mundo como ele realmente é. E nunca serás o rei que eu quero que sejas.

- Que terei de fazer, meu pai? - perguntou o príncipe.

- Leva o cavalo mais veloz das nossas cavalariças e vai correr mundo. Esta é a melhor prenda de anos que te posso dar.


Andou o príncipe anos e anos pelos quatro cantos do mundo.

Subiu montanhas, desceu vales, atravessou planícies, cruzou oceanos.

Tremeu de frio, tombou de calor.

Ouviu misteriosas falas, dançou ao som de estranhas músicas.

Conheceu gente de pele branca, amarela, negra.

E de cabelos oiros, castanhos, brancos, negros, ruivos.

Mas todos sorriam e choravam da mesma maneira.

De vez em quando, antes de adormecer, o príncipe olhava para a Lua. E tinha a sensação de que ela lhe queria dizer qualquer coisa.

Só não conseguia perceber o quê.


Andava o príncipe com muitas saudades do seu reino, do seu palácio e do seu pai, quando uma tarde, depois de muito caminhar, foi dar a uma estalagem a cair de velha. Ainda pensou em seguir viagem e em procurar dormida num lugar mais acolhedor, mas sentia-se muito cansado, sem forças para continuar.

Bateu à porta e entrou.

Os estalajadeiros vieram recebê-lo mas logo o avisaram que iria ali encontrar muito pouco que o pudesse satisfazer:

- Temos tido anos muito maus – disse o homem.

- Anos de seca em que tudo morre por água a menos; a que se seguem anos de chuvas e inundações, em que tudo morre por água a mais – disse a mulher.

- E viveram sempre aqui? - perguntou o príncipe.

-Em novos vivíamos noutro lugar. Mas perdemos um filho por culpa nossa e os remorsos foram tantos que não aguentámos ficar lá muito tempo – disse o homem.

- Escolhemos então esta terra, mas tudo nos tem corrido mal. Estamos velhos e a vida é cada dia mais difícil – disse a mulher.

O príncipe perguntou se pelo menos lhe poderiam dar água, para que pudesse beber um pouco, lavar-se e seguir viagem. O estalajadeiro encheu uma bacia de água e ia deitá-la sobre as mãos do príncipe, quando este recuou:

- Tu és velho demais e sem forças para pegar nessa bacia tão cheia. Eu próprio tratarei de mim.

O velho estremeceu ao ouvir estas palavras.

- Que foi? - estranhou o príncipe. - Disse alguma coisa que te ofendesse?

- Não -  respondeu o homem. - Lembrei-me apenas que o filho que perdi me disse que eu havia um dia de lhe querer deitar água nas mãos e...»



Para conheceres o fim desta história, procura o livro na biblioteca da escola.


quinta-feira, 22 de abril de 2021

quarta-feira, 24 de março de 2021

Sugestão de leitura

 Pele de foca

Conto tradicional inuíte, recontado por Tim Bowley em Não há como escapar


    Era uma vez um homem que sofria tanto de solidão que, ao longo dos anos, as lágrimas lhe tinham cavado sulcos fundos no rosto. Um dia ao anoitecer, andava ele à pesca na sua canoa quando viu uma luz a brilhar ao longe, no mar, e remou na sua direção. Ao aproximar-se viu que a luz era a luz da Lua refletida na pele nua de sete belas mulheres que dançavam numa ilha.

Movido por uma força maior que ele, o homem continuou a remar silenciosamente. Chegou à ilha e escondeu-se entre as rochas. Ao fazê-lo tropeçou em qualquer coisa que estava no chão. Pegou na coisa e escondeu-a na sua parca. Pouco tempo depois as mulheres terminaram a dança e cada uma delas pegou numa trouxa que sacudiu, revelando peles de foca. Cada uma vestiu a sua pele, e elas saltaram para a água. Todas exceto uma, a mais bonita de todas, que procurava desesperadamente qualquer coisas por entre as rochas.

A certa altura o homem levantou-se e disse:

— Mulher, sou um homem solitário. Vem viver comigo e sê minha esposa.

— Não posso viver contigo! Sou das outras criaturas!

— Mulher, vem viver comigo. Daqui a sete anos devolver-te-ei a tua pele e depois poderás escolher entre ficar comigo ou regressar à água.

Como não tinha opção, a mulher foi com ele e pouco tempo depois deu à luz um filho a quem chamaram Ooruk. Ooruk foi crescendo e a mãe contava-lhe histórias da vida no oceano. Ela talhava animais do mar para ele brincar e ensinava-lhe as estrelas, dando a cada constelação o nome de um peixe.

Mas os anos foram passando e a mulher começou a perder a saúde. O cabelo caiu-lhe, os olhos ficaram turvos e começou a coxear. Certa noite Ooruk acordou com o barulho dos pais a discutir.

— Os sete anos já passaram! – gritava a mãe. – Tu prometeste devolver-me a pele!

— Não! Não! – gritava o pai. – Se o fizer tu abandonas-me a mim e ao nosso filho, e eu não suportaria isso!

— Não sei o que faria. Só sei que aqui estou a morrer.

Ooruk adormeceu, mas acordou a ouvir chamar pelo seu nome, e era como se o próprio mar o estivesse a chamar.

«OOruk! Ooruk! Ooruk!»

Ele saltou da cama, enfiou as botas e a parca e correu para a praia. Quando l´+a chegou viu uma velha foca-macho a rebolar-se na água e a olhar para ele. Depois tropeçou em qualquer coisa que estava escondida nas rochas. Pegou nela e percebeu imediatamente que era a pele da mãe, pois tinha o cheiro dela.

Voltou a correr a casa e deu-lha. Os dois voltaram à praia mas, ao ver a mãe vestir a pele, o medo apoderou-se de Ooruk.

— Não me deixes! – gritou.

Ela olhou para ele com um amor profundo nos olhos. Pegou-lhe com as barbatanas, soprou-lhe na boca, e depois saltou com ele para dentro de água. Emergiram numa caverna cheia de focas, onde estava, sentada numa rocha, a velha foca que ele tinha visto antes. A sua mãe aproximou-se dela.

— Como vão as coisas no mundo lá em cima? – perguntou a foca mais velha.

— Mal, pai. Magoei um homem que me amava mas eu não podia ficar lá, porque estava a morrer.

— E o rapaz? – perguntou a foca mais velha, apontando para Ooruk. – Ele vem viver connosco?

— Não – disse ela. – Ele pertence às outras criaturas e tem de regressar. Mas deixa-o passar algum tempo connosco, para aprender os nossos costumes.

E, assim, Ooruk viveu algum tempo com as focas e aprendeu as suas canções e histórias. Numa noite de lua cheia, o avô e a mãe nadaram com ele até à costa.

— Ooruk – disse a mãe – basta que toques nos animais que eu talhei para ti, e eu estarei contigo.

Então Ooruk beijou as duas focas e pisou terra firme.

Ele cresceu e veio a ser um grande cantor e contador de histórias entre a sua gente., e muitas noites era avista ao longe, no mar, inclinado na borda da sua canoa, a conversar com uma foca «A Brilhante» e, embora muitos tenham tentado, nunca ninguém conseguiu apanhá-la.

 

Esta história dá que pensar! A mulher foca deveria ter ficado em terra com o marido e o filho? Porquê?

O pescador agiu bem quando escondeu a pele e quis que a mulher-foca se casasse com ele? Porquê?

Escreve a tua opinião no Classroom da Biblioteca.

Passatempo: Sistema respiratório e sistema circulatório

Mais um desafio... Serás capaz de acertar em todas as palavras? Crossword Puzzle Maker

Passatempo: Sistema digestivo e sentidos externos

Vamos lá ver se te recordas da matéria... Tenho a certeza de queres fazer boa figura. Boa sorte! Crossword Puzzle Maker

Conhece a tua terra! - Autarquias/poder local

 

Conhece a tua terra!



Autarquias (poder local; organizações administrativas locais)

As autarquias são os poderes locais, ou seja, da localidade onde vives. Estes poderes são o município e a junta de freguesia.

 

Município

O município administra o território de todo o concelho — o concelho é o território administrado pelo município.

Administrar significa resolver problemas e pode tomar algumas decisões e iniciativas. Por exemplo, o município pode construir um parque de lazer, decidir o preço da água ou autorizar a construção de casas.

Os municípios são úteis porque estão próximos das pessoas. Por isso, conhecem melhor as necessidades destas e ajudam as localidades a desenvolver-se e a resolver os problemas que aparecem.

O município tem dois órgãos principais, que são eleitos pelos eleitores do concelho:

(1)  A câmara municipal, constituída pelo presidente da câmara e pelos vereadores (uma espécie de primeiro ministro e ministros do concelho). A câmara municipal é o órgão executivo do município, ou seja, é o órgão que governa e age.

(2)  A assembleia municipal, que decide as regras do concelho e fiscaliza a câmara municipal.

A tua escola localiza-se no Concelho de Portimão, que é administrado pelo Município de Portimão. Podes consultar aqui a página web do município. Tenta responder às perguntas:

(1)  O que é o Município de Portimão?

(2)  Onde se localiza?

(3)  Quem é o presidente da Câmara Municipal de Portimão?

 

Freguesia

Cada concelho está dividido em várias partes, que são as freguesias (alguns concelhos só têm uma freguesia, mas são poucos). As freguesias estão ainda mais próximas das pessoas do que os municípios. São muito úteis para resolver alguns problemas e para apoiar as pessoas.

Cada freguesia é governada pela junta de freguesia. Esta é composta pelo presidente da junta de freguesia e pela assembleia de freguesia. O presidente da junta de freguesia é o cabeça de lista (o primeiro nome) da lista mais votada. A assembleia de freguesia elege os vogais, ou seja, os ajudantes do presidente da junta.

 

O Município de Portimão está dividido em três freguesias: Alvor, Mexilhoeira Grande e Portimão. Conheces a tua freguesia? Tenta responder às perguntas:

(1)  O que é a Freguesia de Portimão?

(2)  Onde se localiza?

(3)  Quem é o presidente da Junta de Freguesia de Portimão?

 

terça-feira, 23 de março de 2021

Escola eTwinning

 O Agrupamento de Escola Poeta António Aleixo obteve a distinção escola eTwinning como reconhecimento pelo envolvimento de várias das suas turmas e docentes em projetos de colaboração com escolas parceiras - nacionais e internacionais. 

O programa eTwinning é uma oportunidade para nos aperfeiçoarmos através do contacto com outras escolas, em espírito de colaboração aberta.